6.10.06

interrogações entre o lusco e o fusco, entre quem as escreve e quem as lê

o que se mostra pode ser diferente do que se vê.
o que se vê nem sempre é o que se exibe.
o que se sente foge-nos aos sentidos mas vive...
no fim e afinal, resta-nos o quê?
que se viva com os enganos dos sentidos?
com os sentimentos exibidos ou contidos?
com as certezas assumidas ou escondidas?
no fim e afinal, vive-se onde?
nas grades d'almas aprisionadas?
no medo de gestos no escuro?
no receio de sorrisos iluminados?
na verdade em cada lado do muro?
no fim e afinal, vive-se de quê?
vive-se d'alegria de espíritos libertados?
da liberdade de sentidos alegrados?
da candura de olhares embasbascados?
sei o que digo mas digo mais,
sei que se vive do calor do sol,
sei que se vive da melancolia da lua,
sei que há vida na alma que é minha
e que ela vive um pouco na tua.

2 comentários:

sr disse...

li, gostei, um beijo.

João disse...

;)
outro