30.3.08

há muito que não tirava um cd da prateleira de novidades fnac
este saiu e passou pela caixa

27.3.08

(são) 15 minutos bem passados (sff)

a expectativa é uma variável humana que serve os propósitos da complicação da mesma forma que o sal ajuda a tornar as batatas fritas numa iguaria. as duas coisas dispensáveis mas irresistíveis.

expectar, como se fosse viver um futuro idealizado, é uma forma de nos (re)conhecermos num lugar específico do mundo, num segundo fixado no relógio, uma questão de latitude/longitude no tempo dado.

a complicação que a expectativa pode trazer à vida reside nos seus diferentes tempos de concretização. por outro lado, adicionar sal às batatas fritas, é salgá-las.

19.3.08

diz-se muito sobre os professores...

os professores são muitas coisas, são. p’ra já, são muitos! ainda bem. depois, está provado, sabem o que significa organização, depois, depois há de tudo como em todo o lado: há aqueles que nasceram para tudo menos para serem professores, há os outros que vivem a escola e os seus alunos como se da sua própria vida se tratasse, há os que dão e há os que sugam a escola. há os autoritários e os liberais, os permissivos e os rígidos, há os amigos, os irmãos, os pais e até, os filhos dos seu próprios alunos. há os professores bonacheirões e os mais “stressados”, há os naturalmente alegres e os da mesma maneira melancólicos. há os professores dedicados e os descuidados, há os que não têm problemas em sujar as mãos e os que adoram passar os dias de aulas sentados nas suas secretárias, há, em última análise, os bons e os maus professores mas todos – acredito nisto – querem o melhor para os seu alunos. infelizmente, há hoje em dia um tempo exagerado de “tecnicidades” e burocracias que roubam ao professor muita da sua disponibilidade para ensinar enquanto mestre, ancião de conhecimentos profundos e importantes para a vida, é pena, perdem os putos e uma escola mais humanizada, ganha a tecnocracia… é pena… acho…

6.3.08

adoramos cobrir a essência com camadas ilusórias que sufocam qualquer genuinidade que possamos ter cá dentro

adoramos complicar, dramatizar, enredar, mastigar e engolir o acaso, o azar, a mágoa, a dor e o sofrimento que só existe porque o alimentamos. adoramos duvidar de nós próprios. adoramos a facilidade com que nos colocamos no lugar de elo mais fraco na cadeia de acontecimentos que dita os nossos dias. adoramos a leveza de não ter por responsabilidade mais do que aquilo que a nossa insegurança nos permite. adoramos escondermo-nos por debaixo de camadas superficiais de socialização. adoramos as máscaras que vestimos sempre que acordamos e só largamos depois de adormecermos. adoramos a facilidade com que lidamos com o essencial porque o essencial é mais sonho do que realidade. adoramos viver vidas que não são nossas. adoramos o sofrimento dos outros na medida em que isso nos torna felizes por sermos quem somos e não os que sofrem. adoramos o imediato, adoramos o materialismo, o comodismo e o facilitismo. no fundo, adoramos o vazio, mas eu não.

5.3.08

gandas oportunidades



obrigado luís pela partilha