
moínho despido (ou base lunar?)
moínho despido (ou base lunar?)
se uma imagem vale por mil palavras, será que quando traçamos a imagem de alguém que mal conhecemos, estamos em condições de dizer que temos mil palavras para esse alguém? duvido… é ponto assente que a primeira impressão tem um enorme peso nos juízos que (consciente ou inconscientemente) fazemos de alguém que acabámos de conhecer. a partir daqui e consoante a dimensão (profissional, sentimental, emocional, ocasional, …) em que passamos a enquadrar esse alguém, dedicamos mais ou menos tempo a conjecturar uma imagem, um perfil que nos garanta alguma segurança nos dados que retemos dessa pessoa. é também ponto assente que todos sabemos isto, sendo portanto perfeitamente natural que todos criemos resistências perante o contacto com um estranho. ora se assim é, se dois perfeitos estranhos se encontram exactamente no mesmo ponto de partida no conhecimento do outro, o mais certo é criarem-se imagens fictícias baseadas em suposições espontâneas que, por sua vez, se convertem em crenças infundadas ou, diria mesmo mais, em ilusões. durante este processo, há ainda o factor “sexto sentido” que, quer queiramos quer não, acaba por ter um enorme peso no interesse que o outro nos pode (ou não) despertar. este sexto sentido (de explicação difícil) é o mesmo que nos faz pensar e decidir se a primeira impressão foi boa ou foi má. no limite, acabamos sempre por fazer esta divisão estanque acreditando que raramente nos enganamos na primeira impressão que tiramos de alguém… poderemos estar certos como poderemos não estar…