o nosso personagem encontra-se sentado de frente para a porta na companhia de dois amigos, um copo de whisky e um copo fresco de água do luso em cima da mesa. ela entra acompanhada por uma amiga que caminha atrás dela. olha várias vezes em volta à procura do melhor cantinho para se sentarem as duas, mas a meio das voltas de olhares encontra um conhecido, um amigo, um colega de turma dos tempos da universidade.
o nosso personagem vê-a aproximar-se mas continua a duvidar que um dos dois amigos com quem está, lhe é comum a ela. deixa de ter dúvidas quando os vê sorrir ao mesmo tempo que se olham para se cumprimentarem e nessa altura repara que é capaz de ouvir o coração a bater caso decida escutá-lo… endireita ligeiramente a coluna e desencosta-a das costas da cadeira, põe as duas mãos em cima da mesa, olha para ela, para o whisky e para a água e fica indeciso sobre qual dos copos há-de agarrar.
ela está de pé, de lado para ele enquanto conversa com o amigo em comum no único lugar vago de uma mesa onde se sentam três. ele olha-a de frente, olha-a sem pudor e com o prazer de quem olha a beleza feminina como ela é. esquece-se do segundo amigo (que entretanto deve estar tão apreciador quanto ele) e olha-a assumidamente, obviamente e interessadamente enquanto escuta a sua voz que é calma, doce e baixa mas não demais. é uma voz que se ouve a vir desde o fundo das cordas vocais. quando a vê sorrir para o amigo e sente no sorriso a sinceridade de quem o faz naturalmente e sem artifícios, o interesse sobe na hierarquia e torna-se numa vontade.
interrompe a conversa que ela mantinha com o amigo em comum há um par de minutos, dirigindo-se ao amigo no tom brincalhão de quem acha muito pouco cavalheiresca a ausência de um convite para que a amiga se sente à mesa. é ela quem responde lá do alto de quem se encontra de pé e, apontando com olhar para a amiga que entretanto se havia sentado numa mesa nas costas do personagem, lhe diz que está com ela. ele volta o pescoço e vê a amiga sentada, sozinha à espera, volta-se novamente para ela e diz-lhe que também a amiga será bem vinda à mesa.
o nosso personagem vê-a aproximar-se mas continua a duvidar que um dos dois amigos com quem está, lhe é comum a ela. deixa de ter dúvidas quando os vê sorrir ao mesmo tempo que se olham para se cumprimentarem e nessa altura repara que é capaz de ouvir o coração a bater caso decida escutá-lo… endireita ligeiramente a coluna e desencosta-a das costas da cadeira, põe as duas mãos em cima da mesa, olha para ela, para o whisky e para a água e fica indeciso sobre qual dos copos há-de agarrar.
ela está de pé, de lado para ele enquanto conversa com o amigo em comum no único lugar vago de uma mesa onde se sentam três. ele olha-a de frente, olha-a sem pudor e com o prazer de quem olha a beleza feminina como ela é. esquece-se do segundo amigo (que entretanto deve estar tão apreciador quanto ele) e olha-a assumidamente, obviamente e interessadamente enquanto escuta a sua voz que é calma, doce e baixa mas não demais. é uma voz que se ouve a vir desde o fundo das cordas vocais. quando a vê sorrir para o amigo e sente no sorriso a sinceridade de quem o faz naturalmente e sem artifícios, o interesse sobe na hierarquia e torna-se numa vontade.
interrompe a conversa que ela mantinha com o amigo em comum há um par de minutos, dirigindo-se ao amigo no tom brincalhão de quem acha muito pouco cavalheiresca a ausência de um convite para que a amiga se sente à mesa. é ela quem responde lá do alto de quem se encontra de pé e, apontando com olhar para a amiga que entretanto se havia sentado numa mesa nas costas do personagem, lhe diz que está com ela. ele volta o pescoço e vê a amiga sentada, sozinha à espera, volta-se novamente para ela e diz-lhe que também a amiga será bem vinda à mesa.
depois destes cinco minutos, movimentaram-se corpos, olhares, cadeiras, copos e, a mesa, que dantes tinha três, passa agora a ter cinco.
3 comentários:
é perante a leveza de um primeiro encontro que vivo agora a intensidade de belas e pequenas coisas. nesse movimento lanço um sorriso a vénus e escuto atentamente marte... naquele momento, olhando pelo seu copo de água - que afinal apenas me espelhava aquele misterioso olhar - poderia pensar que os deuses não me iriam enganar.
todos aqueles de quem mais gosto têm um lugar neste meu pequeno mas quentinho cantinho de gelo. tu, que chegas agora e chegas depressa cá dentro, tens lugar ao meu lado neste meu cantinho para o qual te convidei, neste cantinho meu onde gosto de te ver, onde te quero e te gosto, onde me fazes feliz também na inspiração que me dás.
Pois é... é lindo o amor!
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