começámos por ter na natureza os deuses do universo.
pusemos figuras humanas a dominar as forças daquela natureza e acabámos por encontrar um homem de carne e osso, o deus (ou o seu filho, ou não) que domina qualquer força (até a da morte).
até copérnico ter reparado (e galileu confirmado) que o sol não se mexia mas era a terra que girava em seu redor, era mais fácil explicar o inexplicável.
luta após luta, os deuses foram perdendo cada vez mais terreno até que a humanidade, cansada de ser deixada para segundo plano, explora o desconhecido e explode nas artes uma nova forma de se olhar a si própria:
nem natureza, nem deuses, nem sóis nem terras, é a humanidade quem deve estar no centro de tudo, uma humanidade renascida.
o problema: a coisa tornou-se tão humana, que cada um acabou por atirar para o centro de tudo o seu ego.
2 comentários:
e o problema ainda maior é a natureza de cada "ego".
há cada um mais mal parado!1!
como se nos tentássemos apropriar quase sempre da essência das coisas da natureza, esquecendo que o nosso papel é utilizar os seus conceitos ou, simplesmente, contemplá-las... se percebermos este papel talvez consigamos chegar ao que somos, à nossa essência, com menos tendência para preencher os vazios do ego :)
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