cantábria, uma cidade desconhecida chamada laredo, a meio caminho entre bilbao e santander foi a baía (que ainda hei-de tentar mostrar) que nos fez descer da estrada nacional na montanha até ao meio da areia na praia.
a água do mar era das mais quentes que já provei. a praia em si estava ladeada por prédios que servem as famílias que no verão aproveitam para ali passar férias. nos meses quentes, o número de habitantes deve aumentar setecentos ou oitocentos por cento.
era domingo e fomos à praça do marquês de albaida (na zona velha da cidade) uma pequena praça rodeada por casas antigas de vários andares. no rés-do-chão dessas casas estavam os bares, muitos e muito pequenos. nessa praça e na esplanada do pior bar (que no entanto tinha mesas e cadeiras debaixo da única arcada) houve whiskey e um encanto imediato pela menina que atendia as mesas de uma outra esplanada no canto da praça. mais tarde e tarde demais, teve direito a uma carta (quase) de amor em inglês! "tu não andas, voas! não sorris, ris! não te ajustas às coisas que te envolvem, possui-las! és um quadro em movimento cuja beleza nem o guggenheim tem o orgulho de exibir". isabelle, trabalhadora, competente, simpática, bonita e de olhar sincero.
no "69", um bar ali perto da praça, ouvia-se música igual à que se tem em casa, coisa inacreditável por terras de espanha!!! domingo à noite, boa música e gente simpática no bar. atrás do balcão, talvez a mulher com melhor gosto musical (pelos meus padrões, claro) que já tive a oportunidade de conhecer. lorena no nome e morena no cabelo, bonita e de olhos tristes, só a voltei a ver na última noite. este fim de domingo fez-nos ficar por ali, santander ficou adiado.
do "blues", um outro bar da praça, fizémos a partir da segunda noite a nossa segunda casa em laredo, por culpa da nicole, uma romena linda de 21 anos que tinha a responsabilidade do bar mais bonito da cidade. havia também o richard que tratava da música e continua um rebelde quase aos cinquenta. o félix, o namorado da nicole, aparecia de vez em quando para dar uma ajuda. hei-de querer voltar ao "blues" e agradecer convenientemente toda a simpatia para com "dois portugueses raros".
no meio disto tudo, ainda tenho tempo para andar a dançar de formas pornográficas com a marie, uma bonita francesa de férias, de 19 anos, de olhos verdes e sorriso grande, corpo de manequim e quase do meu tamanho. adorava dançar colada ao meu corpo no meio da pista, eu também adorava... com shakira então, era o delírio!
3 comentários:
" uma tigreza de unhas negras, íris cor de mel
uma mulher, uma beleza,
que me aconteceu,
esfregando a pele de ouro marron
do seu peito, contra o meu,
me falou que o mal é bom e o bem cruel"
Bolas! Bolas! Que belas férias! Bem vindo a "casa", se é que trouxeste a cabeça!...
lol... trouxe a cabeça, o resto do corpo inteiro, a alma e o coração... acho que continuo eu mesmo...
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