14.7.06

peça de pedaço de vida

que encontros do acaso são estes
que no acaso me dão encontros destes
e sem que o queira nem o peça
me largam no meio de uma peça
escrita pela mão de um qualquer ente
que tanto pode ser deus como gente

que peça é esta a que é escrita
onde cada personagem é real
e em cada página descrita
não se consegue ver o mal

digam-me quem escreveu o argumento
de uma peça assim
e não me façam perder nem um momento
a pensar que tem um fim

digam-me quem compôs esta música
que faz correr a água
e põe os pássaros a cantar,
que faz o vento soprar
sem sons de dor ou mágoa

digam-me quem desenhou este cenário
onde as nuvens são transparentes,
o sol nunca se põe
e a lua nunca se cansa.

6 comentários:

n disse...

E de repente, nesta terra tão pacata, mas de brandos costumes, desabou um bando de gente tão diferente, que quis viver intensamente, qualquer coisa, a que não consigo dar um nome.
Um dia, atrás do outro, marcamos outras datas, outros encontros, porque não conseguimos separarmo-nos uns dos outros.
Desde a 1ª hora que pergunto o que vieram cá fazer (os de fora), que nos puseram a ver o que nunca tínhamos visto (uns aos outros, aos de dentro), mas que para além disso nos puseram em tal "desarrumação" interior (devidamente projectada no exterior, pela parte que me cabe, que não sei o que pode acontecer.
É assim: desarrumou? desarrumaram?
Têm que arrumar, ou pelo menos ajudar a arrumar, sem isso não vos podemos deixar abalar.

Gostei muito do que escreveste, já estava à espera de uma coisa assim, especial.
Um abraço

sr disse...

(n says:
vai ver o ice
n says:
escreveu uma coisa lindíssima)

sem ti, esta peça não podia ser escrita...

que o sol nunca se ponha!
e a lua nunca se canse!...

Code_Name//"O Bravo" disse...

pela primeira vez vou utilizar a minha alcunha de guerra em alguém que merece...BRAVO.

n disse...

no princípio li por aí algures de ti Bravo, para ele o seguinte; " não sou um amigo, mas alguém que te estima".
E agora? o que irias?

n disse...

" o que dirias"? (queria eu dizer)

ana disse...

Não sei quem escreveu o argumento, mas sei quem escreveu o poema.
Um beijo ao poeta!