8.9.08

cerro os olhos para te não ver

e espalho o olhar por cada dedo  

deito o coração na palma da mão

e toco-te, cego de mim, iluminado em ti

 

provo do teu cheiro cheio de mel

e sinto, por debaixo da pele

o que nenhum sentido me pode dar

por mais olhos e dedos que tenha

 

encerro

um sem fim de ti

dentro de mim

enquanto sonho

de olhos fechados

e coração aberto

o muito que somos ali

no sonho vivido