16.5.06

adeus

Assim se foram seis anos, assim termina o mais longo período de uma vida passada a meias, assim, uma confusão repentina, uma indefinição momentânea que se tornou numa separação definitiva. Ritmos de vida, gostos e interesses diferentes, duas linguagens, uma casa e uma cadela que ficou com ela apesar de gostar mais de mim, ou não fosse eu o seu companheiro de passeio, no passeio, nas ervas, nos matos, nas obras, na estrada… ou não fosse eu o seu saciador nas suas horas de maior aperto apetitivo, ou não fosse eu o matador da sua sede. Foi ela quem da rua a tirou e para casa a levou. É dela a cadela.
Agora, que venham os dias, que venha a vida que desde sempre separou e uniu os humanos, os povos, os homens e as mulheres e as fez felizes e infelizes. Que venha a vida, que não acabe já e que não me traga doenças e desgraças, que não me traga gente má mas me dê mais amigos. Os amigos. Foram eles que mais uma vez me salvaram, foram eles os conselheiros, ouvintes, ajudantes e irmãos. A família está longe infelizmente mas os amigos, mais uma vez, foram Amigos dignos do nome.

4 de maio

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu disse que chegava cá, mas tu não acreditaste... Está bonito. Gosto. És tu.

João disse...

:-)
shhh