27.6.08

o meu umbigo e o resto do mundo

quando duas pessoas são obrigadas (pela profissão) a criar e manter uma relação, há vários caminhos possíveis. um deles, o melhor (numa-perspectiva-pessoal-de-riqueza=a-qualidade-de-vida+andar-para-a-frente-em-
todas-as-dimensões-humanas-da-existência-pessoal&social), sempre me pareceu aquele caminho que nos permite partilhar vidas muito para lá da convivência diária da dimensão profissional/pessoal.

escolhermos, acolhermos e sermos escolhidos e acolhidos por vidas que se nos ligam numa partilha de valores morais, princípios, filosofias de vida e coisas igualmente basilares, é, sem dúvida alguma, um dos enormes prazeres que tenho tido na vida (numa-perspectiva-relativamente-modesta-e-observada-a-partir-dos-meus-humildes-
trinta-e-um-anos). encontrar pessoas com padrões morais relativamente próximos dos nossos, é coisa rara. encontrar pessoas assim em contextos profissionais, é ainda mais raro. ter essa sorte e perdê-la por razões puramente umbilicais (no-sentido-de”o-meu-umbigo-no-centro-do-meu-mundo”), tem que se transformar numa óptima oportunidade para reflectir sobre aquilo que somos para os outros naquilo que parece ser a essência pessoal que emanamos. ter azares destes e não aprender com eles, significa, pelo contrário, passar em branco por um episódio que nos podia ter feito crescer abundantemente mas não, é tábua rasa.

preferimos ficar a contemplar a imagem do nosso umbigo no lugar daquilo que deveria ser o interesse Maior da nossa existência naquele contexto, no meio daquelas outras existências.

seja como for, o que pensou e assim escreveu, daqui se vai liberto de algo que precisava de ver posto em palavras.

1 comentário:

n disse...

No fundo eu sempre soube que assim era e acho que tu tb. tivémos muito indícios.
o que custa é perceber que não nos enganámos.