30.10.07

oiço

oiço os sonos sossegados
dos corpos descansados,

oiço corpos em quimeras
e devaneios incessantes,

oiço os sonhos findos
dos corpos esgotados,
dos corpos enfadados
que gemem acordados
os pesadelos passados,

oiço a mansidão da noite
aqui, assim
acordado e ancorado
no vento que passa.

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