29.10.09

quando o hábito não faz o monge

o juiz, baseado em “pareceres técnicos qualificados” diz que a menina deve ser recambiada para a rússia onde estará melhor com a mãe biológica. uma vez lá, a menina não toma banho, leva porrada e passa fome.
o médico manda o menino para casa sem fazer o despiste à nova estirpe da gripe, parece-lhe que é gripe normal. o menino regressa no dia seguinte ao hospital onde acaba por morrer…
depois os políticos é que são os maus da fita… nos médicos e nos juízes ninguém vota…

2 comentários:

n disse...

Parece que o menino tinha um problema cardíaco congénito, o que, por si só, não lhe provocaria a morte, o mesmo dizendo da Gripe A.
Mas isto quem disse foi a ministra da saúde.
Conversa de médico ou conversa de ministro?
Não sei...

João disse...

não são as conversas, são as acções de âmbito profissional. a gripe A pode não matar por si só mas se tivesse sido diagnosticada quando o menino esteve no médico com febres e diarreias que duravam há dias, talvez tivesse havido algum cuidado com o seu estado de saúde. a merda é que as pessoas só desconfiam e só dizem mal das classes profissionais que têm o poder mais fácil de se ver. há depois outros poderes que tocam aqui e ali e dão cabo de vidas e famílias inteiras. são todos corporativos, os médicos, os juízes e os políticos. nos políticos há corporações diferentes que - supostamente - discordam na ideologia e governam em função das escolhas de quem neles vota. os médicos e os juízes só têm uma corporação e ninguém se atreve a tocar nem na duns nem na doutros. queres dois exemplos? os juízes nem com a revolução de abril deixaram de ser juízes e os médicos não querem mais cursos de medicina nas universidades. assim seja.
cada vez mais me convenço que cada povo tem o governo que merece.

(desculpa o desabafo)

beijos