hoje, 16 de julho de 2009. fez exactamente 40 anos.
os dinossauros, que por cá andaram 150 milhões de anos, ou se extinguiram ou evoluíram e se tornaram aves.
nós, os humanos que cá andamos há cerca de 200 mil (diz-se que despertámos pá vida em áfrica mas que entretanto nos esquecemos), conseguimos – fez hoje quarenta anos – saltar e aterrar na lua. há milhões de anos que se olha para a lua mas fez hoje quarenta anos que este ser terráqueo de vida curta assentou os pés nessa intemporal imagem.
se nos lembrássemos disto mais vezes, tenho a certeza, seríamos seres ainda mais ricos, menos dados a pobrezas espirituais, mais impermeáveis a prazeres imediatos e sádicos, menos agarrados à pequenez das coisas. tenho a certeza que se nos conseguíssemos lembrar mais vezes do inclassificável feito que tem sido a passagem humana pela história do universo, seríamos ainda melhores seres humanos.
há pequenos acontecimentos nas nossas vidas, coisas de minutos, de segundos até, pequenos momentos no tempo que nos marcam uma vida inteira: encontros, desencontros, despedidas, tristezas, alegrias, amor, ódio, desilusão, ilusão, pequenos momentos recheados de emoções que nos fazem ser alguém diferente, um ser único. viagens à lua e dinossauros são temas que pouco mais fazem do que alimentar o imaginário de cada um. mesmo que hoje faça quarenta anos que tenhamos assentado os pés no chão da lua e que saibamos quem e como vivia quem viveu há 200 milhões de anos na terra, mesmo que assim seja, preferimos às vezes (vi)ver coisas “razoavelmente” mais pequenas.
o próximo passo é arranjar maneira de ter água na lua, depois da água já pode haver uma reserva de combustível e uma loja 24. entretanto e com esta paragem pela lua para recarregar baterias, conseguimos chegar a marte. a distância que encurtamos no universo é insignificante mas o feito em si é gigantesco.
entretanto continuará a haver guerras, mortes, fomes e epidemias até ao dia em que todos, mas todos, conseguimos olhar para cima.
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