já que somos seres sociais mais do que as formigas, já que somos capazes de pensar enquanto apreciamos a ordem das coisas, enquanto contribuímos com trabalho para uma eficaz e produtiva ordem das coisas, já que assim é (e mesmo que quiséssemos não nos conseguiríamos ver livres daquele que segura na mão, na folha da navalha, o reflexo do sol que nos atinge em cheio nos olhos e que nos dá vontade de o matar). já que não somos deuses capazes de criar o nosso mundo perfeito pessoal, então - digo eu a tentar lembrar-me de não me esquecer – focus! é preciso reflectir, discutir e determinar o que é realmente importante! seja a dois, a quatro, a seis, seiscentos ou a seis mil, interessa não perder da perspectiva o focus.
para nos conseguirmos focar naquilo que consideramos importante, é fundamental que não percamos o norte, que não nos alienemos, que saibamos sentir com o coração e pensar com a cabeça e não o contrário. saibamos afirmar-nos, sim, saibamo-lo fazer discutindo o eu e o tu, o nós e o vós. saibamos ouvir mas façamo-lo com os ouvidos de quem escuta e não com os ouvidos de que tem que o ouvir. se não for assim, não vale a pena ouvirmos.
é claro que as coisas não são assim tão simples. não o são exactamente porque pensamos, porque às vezes não queremos ou não conseguimos parar de pensar. às vezes também não dizemos exactamente o que pensamos ou então dizemos as coisas sem pensar. há ainda aquelas vezes em que não sabemos dizer o que pensamos ou, se sabemos, somos mal entendidos. depois, claro, no meio disto tudo as nossas emoções, aquilo que julgamos ser o nosso coração, a nossa alma, o nosso querer, a nossa vontade, o nosso pessoal mundo perfeito.
no meio disto tudo pode ser difícil haver focus, pode, mas temos no meio disto tudo a razão de tudo isto. às vezes não precisamos de a procurar porque ela está lá, sempre esteve. não temos que fazer de tudo uma busca epopeica em nome de um ideal, em nome de um ideal social - como diz o outro - e de um ideal pessoal - como dizemos nós.
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