icebergue
29.5.12
4.5.12
do tpc # xpto
os indivíduos emocionalmente inteligentes utilizam a
razão para compreender as emoções
(as próprias e a dos outros)
e lidar com elas,
e recorrem às emoções para interpretar a envolvente e tomar decisões de forma racional
(as próprias e a dos outros)
e lidar com elas,
e recorrem às emoções para interpretar a envolvente e tomar decisões de forma racional
Rego & Cunha, 2004
19.4.12
15.3.12
5.3.12
cenas # 2
Antes
de se sentar pousou a mala do portátil na cadeira à sua direita na mesa. A mesa
é quadrada e de um plástico que finge ser mármore. Em tons de cinzento. Há um
rebordo preto a rematar. De ferro. Gosta mais de mesas redondas, ferem-lhe
menos a harmonia visual e as coxas nos cantos. Dão-lhe uma margem de manobra
mais curvilínea, menos rígida, robótica. As cadeiras é a mesma treta: assento “mármore”
em tons de cinzento e costas abauladas em ferro pintado de preto metalizado. A luz
natural, não sendo abundante, chega. A luz das lâmpadas é discreta e indireta,
a tonalidade creme das paredes aquece o ambiente que sobra. Há uns quadros
insignificantes de naturezas mortas e paisagens melancólicas, outros com umas
publicidades de mau gosto. Só há espelhos na estante por trás do balcão. Opção sensata
para o barman que quer ver o bar mesmo que esteja de costas. O cliente
aproveita e vê-se a si, dá jeito especialmente no café da manhã. Já o balcão em
si, reflete produtos secos, sem vida e sem cor. Ele só quer um café e uma água
lisa. Natural. Pedido o café, inclina-se para a direita e tira da bolsa lateral
do portátil os Crimes exemplares de Max Aub.
29.2.12
cenas # 1
Entrou a correr encharcado em água e sem guarda-chuva. Céu cinzento
escuro e a trovoada sonante mesmo por cima. Sentiu um olhar reprovador vindo do
balcão mas mesmo assim deu os bons dias e sentou-se. A única resposta que lhe
pareceu ter ouvido foi uma espécie de “pronto, já tenho o chão todo molhado e
agora é a mesa e a cadeira”. Não havia
mais ninguém no café, só os dois. Pediu um café “se faz favor”. “Não servimos
às mesas”. Levantou-se e foi ao balcão. O café é-lhe servido em um terço de uma
chávena delta típica e pela cara de um funeral. Tirou do bolso de trás uma nota
de vinte, húmida, não tinha uma única moeda consigo. “não tenho troco”, “e eu
não tenho moedas”, “pois…há uma tabacaria ali ao lado se quiser trocar a nota”. “Venho já”.
Aproveitou e comprou umas cigarrilhas. Continuava a chover e a trovejar. Regressou ao balcão do café onde o café já estava frio. Pediu outro. “Cheio”. Enquanto esperou, abriu as cigarrilhas e cheirou-as. Testou-lhes a frescura e pôs uma na boca. “Não pode fumar cá dentro”, “é para acender quando sair”. Dito isto, bebe o café em três goladas curtas, pousa a chávena, mete a não ao bolso e mete-se a caminho da porta. Para, tira o isqueiro do bolso e acende a cigarrilha antes de sair. “Ei! Não pagou os cafés” e sai este a correr de trás do balcão até à rua onde chovia. O outro, já a uns metros e depois de ouvir berros e a porta do café a abrir-se violentamente, só tem tempo de olhar por cima do ombro e ver vir do fundo dos céus um relâmpago que queimou o barman de alto a baixo. "Foda-se!"
Aproveitou e comprou umas cigarrilhas. Continuava a chover e a trovejar. Regressou ao balcão do café onde o café já estava frio. Pediu outro. “Cheio”. Enquanto esperou, abriu as cigarrilhas e cheirou-as. Testou-lhes a frescura e pôs uma na boca. “Não pode fumar cá dentro”, “é para acender quando sair”. Dito isto, bebe o café em três goladas curtas, pousa a chávena, mete a não ao bolso e mete-se a caminho da porta. Para, tira o isqueiro do bolso e acende a cigarrilha antes de sair. “Ei! Não pagou os cafés” e sai este a correr de trás do balcão até à rua onde chovia. O outro, já a uns metros e depois de ouvir berros e a porta do café a abrir-se violentamente, só tem tempo de olhar por cima do ombro e ver vir do fundo dos céus um relâmpago que queimou o barman de alto a baixo. "Foda-se!"
e agoras paras algos completamentes diferentes... duas cenas!!
há situações em que os fins não justificam os meios mas os meios são perfeitamente justificáveis pelos princípios.
escrever é fácil. basta gostar.
escrever é fácil. basta gostar.
6.2.12
Filosofia barata (porque não custa nada)
Mínimos.
Imagina que a humanidade toda, mas toda, concorda com
um projeto mundial que se chama Minimus: mínimos de justiça, mínimos de ética, mínimos
de tolerância, mínimos de paz, mínimos de comida, … imagina que todo o ser
humano - da humildade da sua efémera condição - aceita mínimos para as coisas
importantes da vida e vive a vida de acordo com esse principio. Mínimos humanamente
aceitáveis.
Imagina também que o planeta é de todos. Imagina que a humanidade
não tolera que a 10 Km’s de um poço de petróleo que gera milhões de dinheiros, alguém
possa morrer de fome ou de sede. O que é do planeta é da humanidade e a humanidade
não é dona do planeta. O planeta criou uma humanidade que se foi recriando, a
humanidade apenas transforma a natureza. A mãe de todos é a natureza. O pai é o
sol. A humanidade devia ter mínimos.
(é por causa de despertares destes que sempre gostei da escola,
da razão, da reflexão e da lógica)
24.1.12
a semântica das coisas
Deveremos entender por semântica, aquela função que se debruça sobre o conteúdo das palavras. Isto é, trata-se de averiguar se o signo empregue se adequa ao seu significado, ou dito de outra forma, procuramos descobrir que conteúdos ou que realidades uma dada palavra pode transmitir. A capacidade semântica de um termo é muito variável, e por vezes equívoca.
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/aristoteles/pg000200.htm
http://www.prof2000.pt/users/secjeste/aristoteles/pg000200.htm
30.12.11
exercício auto intitulado auto qualquer coisa
Senta-te numa cadeira confortável, pode ser um sofá mas senta-te confortavelmente. Cruza as pernas. Escolhe a música que queres ouvir e põe-na em modo de repetição. Acende um cigarro. Se não fumares, não comeces e senta-te na mesma. Estás só e já desligaste o telefone e a televisão. Tens a certeza que vais estar só durante a próxima meia hora. És só tu e a tua ideia de ti.
Agora pensa, põe essa razão a trabalhar e pensa sobre ti. Pensa no que de bom fizeste hoje, ontem e a vida inteira. Vais precisar de mais meia hora – pelo menos. Deixa-te sentir bem com o que fizeste de bem, permite-te apreciar a nobreza do que já fizeste de bom, lembra-te disso e não te esqueças de pautar a tua moral por aí.
Agora passa à frente e lembra-te no que de mau fizeste hoje, ontem e a vida inteira. Não te desculpes com o contexto, a situação ou qualquer outra variável, lembra-te que foste tu que o fizeste. Não sejas cobarde nem comodista, não enterres a cabeça na areia, deixa-te estar aí nessa cadeira, confortavelmente, ninguém morreu, continua a conversar contigo, sinceramente, és só tu contigo.
Não, não te levantes e encara a merda que fizeste, olha-a nos olhos e diz-lhe que foste tu, que já não és tu e que vais tentar – pelo menos tentar – não voltar a ser assim, a fazer merda daquela. Tens coragem?
Caga na merda da ideia que o outro tem de ti, se fores tu, em paz com a ideia que tens de ti, não tens com que te preocupar. Avança, cresce, desenvolve-te, evolui, tens o resto da vida.
Não alimentes uma gruta dentro de ti, não apagues qualquer espécie de luz de ti, não te escondas e não fujas de ti. Senta-te e pensa em ti, contigo. Pensa na tua vida. Nunca te esqueças de usar da sinceridade na conversa com a ideia que tens de ti. Nobili eris si honestus et iustus fueris primeiro contigo. Agora vai, levanta-te e vai-te sentar a pensar em ti. Com honestidade.
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