o nevoeiro d’hoje trouxe lembranças do inverno e dos doces domingos no sofá.
lembranças das chuvas que chegam de longe e aterram no telhado, das chuvas oblíquas - como diz o outro - que esbarram no vidro para se deixarem escorrer com a melancolia do curso incerto.
lembranças do calor do lume que, teimoso em arder, não se intimida com o assobio do vento.
lembranças dos chinelos quentes, do chá com mel e das torradas.